23 fevereiro 2006
Alaúdes, Música e Festas
Depois, fomos até à escola e continuámos a ler O Cavaleiro da Dinamarca, mas estávamos tão cabeças no ar com a festa que não lemos muito. Sabemos que o Mercador de Veneza alojou o Cavaleiro no seu palácio e em sua honra fazia festas lindas, como a nossa! :), levava-o a passear por Veneza e "à noite ceavam na grande sala de mármore azul e verde ao som da música dos alaúdes." (pag. 19)
Como não sabíamos o que era um alaúde, a professora Sónia fez o desenho no quadro da Vera com uma clave de sol ao lado. Fomos procurar um alaúde e aprendemos a fazer uma clave de sol, porque já não nos lembrávamos.
Para isso, consultámos este site sobre música e observámos as várias claves e a sua evolução ao longo dos tempos:
http://members.tripod.com/caraipora/paradigma_holografico_.htm
O Carlos, que anda no 4º ano, também aprendeu a fazer uma clave de sol. O mais engraçado é que cada um de nós faz de maneira diferente. Foi muito divertido!
Descobrimos que a forma mais fácil de fazer é começar com uma espécie de anzol e depois terminar com o risco do meio.
A Vera faz a sua clave como a professora lhe ensinou: de baixo para cima, ou seja, começa com uma espiral - para mim é a forma mais difícil.
Este assunto da música, julgo que é para iniciar um trabalho que a prof. Sónia e o Fábio estão a elaborar sobre letras de músicas que falam de Amor, Paz e Direitos Humanos. Estive a vê-los a procurar na net, mas não percebo nada de Inglês, nem gosto! Por isso, estou sempre a levar nas orelhas da prof. Sónia que diz que é importante saber a Língua Inglesa.
Sara Frederico
21 fevereiro 2006
O Robô que Fala
Sara e Vera
http://www.inbot.com.br/ed/popup.htm
O Nosso Jornal de Parede no CMR de Alcoitão
20 fevereiro 2006
Outras Terras Outras Aragens
"O Cavaleiro da Dinamarca"
folhas de bétula
"O Cavaleiro vivia numa casa construída numa clareira rodeada de bétulas. (...)
Na Primavera as bétulas cobriam-se de jovens folhas, leves e claras, que estremeciam à menor aragem. Então a neve desaparecia e o degelo soltava as águas do rio que corriam ali perto."
Elaborámos uma pesquisa na internet sobre a Dinamarca e verificámos que é um dos Estados-Membros da União Europeia, tal como Portugal.
A sua capital é Copenhaga e a língua oficial é o dinamarquês.
Ouvimos um senhor a falar esta língua e pensámos que era muito estranha.
O texto encontra-se no seguinte site:
http://europa.eu.int/abc/european_countries/languages/danish/index_pt.htm?_da
Além desta língua tão difícil, escutámos o mesmo texto em português e em francês. Mais fácil de entender! :))
Entretanto, o Cavaleiro, na sua viagem, conhece Veneza, na Itália.
Pesquisámos fotografias sobre este belo país e ficámos maravilhadas com as gôndolas! Os barqueiros destes barcos são os gondoleiros.
"Veneza, construída à beira do mar Adriático sobre pequenas ilhas e sobre estacas, era nesse tempo uma das cidades mais poderosas do mundo. Ali tudo foi espanto para o dinamarquês. As ruas eram canais onde deslizavam estreitos barcos finos e escuros. Os palácios cresciam das águas que reflectiam os mármores, as pinturas, as colunas."
O Cavaleiro da Dinamarca ficou apaixonado por esta terra.
Alguém visitou terra ou país pelo qual tenha ficado verdadeiramente apaixonado? Querem contar a vossa experiência?
Os nossos olhos estão pousados no nosso blog, por isso escrevam!
14 fevereiro 2006
Poemas de Amor de que nos Lembrámos
Nós, professores, não estamos habituados a estes gostos literários, a esta paixão pela Poesia, a esta vontade de escrever por parte de gente tão jovem. É tão agradável e reconfortante que alguém como a Sara apareça no nosso caminho! Faz-nos acreditar que escolhemos a profissão certa. Que é mesmo isto que nós queremos ser: professores.
Hoje, a Sara apareceu com um livro de poemas de Júlio Dinis e quis aprender a postar no blog, escrevendo um dos poemas do autor. Como estivemos a falar de beijinhos, ela escolheu o seguinte poema:
HISTÓRIA DE UNS BEIJOS
Ouvia gabar os beijos,
Dizer deles tanto bem,
Que me nasceram desejos,
De provar alguns também.
Esta fruta não é rara,
Mas nem toda tem valor,
A melhor é muito cara,
E a barata é sem sabor.
Colhi-os dos mais mimosos,
Provei três; mas por meu mal,
Ao principio saborosos,
amargaram-me afinal.
Um colhi eu de uma bela
Que era Rosa, sem ser flor,
Se tinha espinhos como ela,
Dela também tinha a cor.
(...)
Oiço ainda gabar os beijos,
Dizer deles muito bem;
Mas findaram-me os desejos,
Já sei o sabor que têm.
Júlio Dinis
A Sara não transcreveu todo o poema, por ser longo, mas garantimos que o lemos na íntegra.
Acabámos, finalmente, o nosso jornal de parede.
Vá-se lá saber por que obscura razão, também me apeteceu transcrever um poema. Escolhi um dos meus Poetas preferidos e aqui vai:
Tudo quanto sonhei tenho perdido
Antes de o ter.
Um verso ao menos fique do inobtido,
Música de perder.
Pobre criança a quem não deram nada,
Choras? É em vão.
Como tu choro à beira da erma estrada.
Perdi o coração.
A ti talvez, que não te tens dado,
Daria enfim...
A mim... Sei eu que duro e inato fado
Me espera a mim?
Fernando Pessoa
Porque o amor não é só rosas e beijos e alegria. Peço desculpa por este momento mais melancólico.
Sónia Bártolo
11 fevereiro 2006
Chuva de Ideias
O Significado dos Beijinhos
Beijo na mão - respeito
Beijo na face - gosto de ti!
Beijo no pescoço - quero-te muito!
Beijo nos lábios - amo-te!
Beijo no nariz - adoro-te!
Beijo na orelha - quero namorar contigo!
Beijo nos olhos - nunca me esqueças!
Beijo nos cabelos - não posso viver sem ti!
Vera e Sara (com muitas gargalhadas à mistura)
Um cão e um gato apaixonam-se. Qual terá sido a razão?
O Cupido enganou-se ao atirar as setas, mas acho que podem continuar a namoriscar.
Sara Frederico
- É sinal de amor. Podem casar e terão filhos com cabeça de cão e corpo de gato.
Vera Alexandra
E se a Lua e o Sol se apaixonarem?
É um amor impossível, porque os dois apaixonados nunca coincidem no tempo e no espaço.
Enviam raios solares e lunares um para o outro.
O Sol foge do dia e vai ter com a Lua à noite e ficamos todos às escuras.
Sara Frederico
Encontram-se à noite, porque o Sol é que dá luz à Lua.
Vera Alexandra
mal me quer bem me quer muito pouco ou nada
desenho de Luis Belo
pesquisa elaborada em
www.deviantart.com
Quadras Soltas
Queria ser um passarinho
Com patinhas de algodão
Para pousar no teu peito
E roubar-te o coração.
Quem me dera ser como a água
Que corre lentamente,
Para dizer baixinho:
_Amo-te loucamente!
Como a água que corre
Eu me deixei levar,
À espera que chegue
O dia de te abraçar.
Quando eras pequenino,
Gostavas de pipocas.
Agora que és grandinho,
Gostas mais de beijocas.
Não me atires pedrinhas
Que me podes magoar!
Mais vale que me atires beijos
Para que me possa apaixonar!
Sara Frederico
09 fevereiro 2006
Os Diálogos das Professoras
_Faz de conta que sou árvore.
_Eu serei a folha que nunca será levada pelo vento.
Ficarei junto de ti. Sempre. Eterno abraço. Eterno estremecimento.
_Faz de conta que sou música.
_Eu serei as cordas da guitarra que os teus dedos tocam.
Sónia Bártolo
fotografia de Deniz Tokay
pesquisa de imagem elaborada em
www.deviantart.com
_Faz de conta que sou barco.
_Eu serei o vento que te faz navegar no mar imenso.
Conceição Araújo
Diálogos com Amor
_Eu serei a flor mais bela.
_Faz de conta que eu sou cardo.
_Eu serei somente orvalho.
_Faz de conta que sou potro.
_Eu serei sombra de Agosto.
_Faz de conta que sou choupo.
_Eu serei pássaro louco,
pássaro voando e voando
sobre ti vezes sem conta.
_Faz de conta, faz de conta.
Eugénio de Andrade
in "Aquela Nuvem e Outras"
fotografia de Shailendra Dhanoa
E Vozes Diferentes Dialogaram
_Faz de conta que sou a tua tshirt.
_Eu serei o ouvido que escuta o teu coração.
_Faz de conta que sou flor.
_Eu serei as pétalas que embelezam a tua vida.
Sara Frederico
imagem criada por neverk1
_Faz de conta que sou nuvem.
_Eu serei a estrela que brilha cheia de ternura.
_Faz de conta que sou pássaro.
_Eu serei o ramo onde fazes o teu ninho.
Vera Alexandra
desenho de Luis Belo
_Faz de conta que sou boneca.
_Eu serei a mão que faz festas no teu cabelo.
_Faz de conta que sou tranças no teu cabelo.
_Eu serei os laços que as prendem.
Queila Gomes
desenho de Silvershade-Lynx
Pesquisa de imagens elaborada no site
www.deviantart.com
08 fevereiro 2006
Faz de conta
Faz de conta que digo amo-te, o que me dirás?
Faz de conta que quero ser tua amiga, o que queres ser para mim?
Faz de conta, faz de conta... Nós, ontem, fizemos de conta. Numa azáfama de perguntas e respostas e muitos gestos à mistura.
A partir do poema de Eugénio de Andrade "Faz de Conta", criámos a nossa própria poesia, porque o amor paira no ar, sempre, mas, agora, é o momento de o lembrar. Um pequeno desvio na rota do tema do nosso trabalho, embora não me pareça que seja bem um desvio, apenas um ramo da árvore, porque o amor também faz parte dos direitos humanos.
Procurámos imagens para ilustrar as nossas frases. Amanhã, será outro dia.
A leitura de "O Cavaleiro da Dinamarca" vai ser adiada, estamos quase a chegar à história de Vanina e Guidobaldo, por isso... o amor vai continuar a pairar no ar!
Sónia Bártolo